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  • Editora/Coeditora

    Editora UFMS
  • Autor/organizador(es)

    Maria Raquel da Cruz Duran
  • Ano de publicação

    2021
  • ISBN

    978-65-86943-56-6
  • Número de páginas

    0
  • Sinopse

    Caracterizada por um particular minimalismo figurativo, em que a insinuação é mais frequente do que a demonstração, a arte indígena tem sido estudada em seu estatuto e em sua agência, relacionados ao universo cognitivo particular no qual opera. Entrando no campo da sugestão, neste livro explicitamos possíveis interpretações sobre os desenhos kadiwéu, sejam eles compreendidos como linguagem ou como agência. [...] Num paralelismo entre conjuntos de elementos gráficos e de conhecimentos míticos, compreendemos que o godidigo (nossa escrita, nossa carta – como os Ejiwajegi definem seus desenhos) estabelece inúmeras conexões, que não são complementares aos conhecimentos primordiais, mas sim a mesma coisa, ou seja, tais desenhos são mitos gráficos, pois são uma técnica de memória alternativa à escrita e à oralidade, que comunica os conhecimentos primordiais aos seus espectadores e, desta forma, agem neles ao reconvocarem memórias. (INTRODUÇÃO, Maria Raquel da Cruz Duran) O livro, dividido em três capítulos, apresenta no primeiro vinte dos padrões gráficos de godidigo e as relações de aproximações e afastamentos que se operam por meio dos desenhos. No segundo capítulo, os godidigo conduzem o leitor à esfera das festas de iniciação feminina, as festas de debutantes, celebradas por algumas famílias no contexto dos cultos cristãos ministrados por pastores indígenas. Os godidigo remetem ainda às lutas pela reconquista da terra, às festas de retomada, aos ambientes da política contemporânea dos Ejiwajegi Kadiwéu. O terceiro capítulo trata do complexo da cerâmica, a partir das reflexões e das práticas que se dão nas diferentes etapas que conformam o ateliê das artistas ejiwajegi kadiwéu: o aguardado deslocamento das mulheres pelo território indígena no Pantanal em busca do barro e dos vegetais que fornecem as cores utilizadas nos padrões gráficos impressos na argila, a produção e a queima da cerâmica na aldeia e, por fim, os projetos culturais e as associações que constituem as redes de circulação, de troca e de venda da cerâmica nas cidades circunvizinhas. (PREFÁCIO, Marta Amoroso)
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