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Sistemas Agroflorestais: Resultados, aplicações e desafios

Sistemas Agroflorestais: Resultados, aplicações e desafios

R$ 0,00Preço
http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/50499
  • Editora/Coeditora

    Editora UFLA
  • Autor/organizador(es)

    Felipe Schwerz Braulio Otomar Caron Elvis Felipe Elli
  • Ano de publicação

    2022
  • ISBN

    978-65-86561-23-4
  • Número de páginas

  • Sinopse

    A academia na sua essência busca não apenas formar profissionais moldados em técnicas e tecnologias, mas também contribui para a formação intelectual e pessoal dos estudantes que passam anos estudando e assimilando os conteúdos administrados nos mais diferentes campos do conhecimento. É inegável a contribuição do agronegócio brasileiro para o crescimento do País. A cada ano, mais técnicas e tecnologias surgem no cenário nacional e internacional, ficando dispostas para serem utilizadas conforme a capacidade de pagamento do investidor rural. Nem todos os participantes da cadeia produtiva brasileira possuem condições de aplicar de forma objetiva as novidades que surgem em função do alto custo. Neste sentido, existem técnicas de produção que podem ser utilizadas a custo baixo e que ao longo do tempo podem trazer ganhos em todas as áreas. O livro “Sistemas Agroflorestais: Resultados, Aplicações e Desafios” traz uma contribuição para o agronegócio, pois os sistemas agroflorestais - SAFs constituem uma técnica de produção alternativa ao sistema de produção convencional, amplamente utilizado no agronegócio brasileiro e ensinado na academia. Os SAFs contribuem para o melhor uso da terra, melhoria das condições do solo, proporcionam diversidade e sustentabilidade no sistema de produção e melhoram as condições ambientais. A diversidade é dada pelo compartilhamento na mesma área por árvores e culturas anuais ou semiperenes. Não existe uma regra específica para “criar” um SAFs, ou seja, não temos um “modelo pronto” para ser aplicado. Em uma mesma região podem existir diversas alternativas, conforme a necessidade que se queira dar, sobretudo ao componente arbóreo. O segredo é estudar as relações ecológicas dos diferentes elementos e buscar potencializálos no tempo e no espaço, aliado ao entendimento da dinâmica da radiação solar incidente, especialmente a transmitida para o sub-bosque. O manejo dos SAFs é complexo, pois exige a aplicação da interdisciplinaridade e busca entender as diferentes relações ecológicas das plantas, bem como suas interações, por exemplo, como a diminuição da radiação solar afeta a anatomia e morfologia da cultura anual que poderá interferir em sua fotossíntese e seu crescimento em sub-bosque. A escolha das espécies florestais, bem como o seu arranjo, deverá potencializar o crescimento desta espécie e possibilitar que a cultura anual presente no sub-bosque tenha condições de expressar o seu crescimento e desenvolvimento, a fim de potencializar a produtividade. A experiência que será trazida nos capítulos deste livro mostrará que em sistemas de produção caracterizados por pequenas propriedades rurais, a produtividade não atingiu os patamares do sistema de monocultivo, no entanto, ficaram várias vezes acima da média da região de estudo. A ideia não é competir com o sistema tradicional de cultivo, e sim, aplicar conhecimentos adquiridos na academia para potencializar o uso dos SAFs como uma alternativa ao sistema de produção vigente. Propor o cultivo em SAFs é buscar se desafiar, como pesquisador, a utilizar do método científico para trabalhar alternativas que se tornem viáveis ao longo do tempo no aspecto ambiental, econômico e social. Exige habilidade técnica, pois envolve diferentes áreas do conhecimento a começar pelo componente arbóreo que se torna o diferencial, pois modifica toda a dinâmica de crescimento da própria espécie florestal, bem como modifica os elementos meteorológicos no interior dos SAFs, e consequentemente, as condições para o crescimento e desenvolvimento das plantas em sub-bosque. Neste contexto, o livro “Sistemas Agroflorestais: Resultados, Aplicações e Desafios” traz contribuições positivas com relação ao cultivo de culturas anuais nos SAFs, com base em diversos estudos realizados, abrangendo diferentes culturas e combinações de SAFs, os quais podem ser aplicados pelos produtores rurais. Traz ainda o desafio de continuar estudando algumas culturas mais exigentes para introduzir como alternativa no SAF estudado, como é o caso da soja. Mas, o que seria da ciência se não fossem os problemas, as dúvidas, as hipóteses e os objetivos específicos? Alternativas devem ser estudadas e o método científico deve ser aplicado para se obter resultados, mesmo que muitas vezes os resultados não são os esperados, e infelizmente, e por esse motivo deixam de ser publicados ou de ter relevância.
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